quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

ACAMPAMENTOS:

Clicar em cada uma das imagens para saber mais (em permanente actualização):
Antes de cada acampamento/acantonamento, TODOS os pertences devem ser devidamente identificados!! 
Não se esqueçam das roupas marcadas com o nome!!

A diferença entre um acampamento e um acantonamento é simples: num acampamento dorme-se ao ar livre, em tendas; num acantonamento dorme-se debaixo de telha (casas, ginásios, armazéns, etc.)


(Clicar nas imagens em baixo para saber mais)

LISTA DE MATERIAL:


quinta-feira, 14 de julho de 2011

sexta-feira, 27 de maio de 2011

UM DIA PELA VIDA - LIGA PORTUGUESA CONTRA O CANCRO:


Um Dia Pela Vida representa a esperança de que aqueles que foram levados pelo cancro não serão esquecidos, que aqueles que estão a combater o cancro serão apoiados e que um dia o cancro será vencido

A 12 de Fevereiro de 2011 teve lugar a apresentação do Projecto Um Dia Pela Vida à comunidade de Serpa
Desde então formaram-se 67 equipas e muitas iniciativas surgiram. A comunidade dividiu-se entre jantares e caminhadas, sessões de esclarecimento e festas solidárias, vendas de rifas de tudo, desde o artesanato aos bolos, passando pelas fitas e pelas t-shirts, representações teatrais, celebrações litúrgicas, espectáculos, quermesses etc. Falou-se de cancro, nunca esquecendo de dar realce à importância da adopção de uma atitude preventiva face à doença. Um sem número de actividades que agitaram Serpa e que levaram a sua população a lutar por esta causa que toca a todos.
É já no dia 28 de Maio.
Pelas 9 e 30 da manhã com uma concentração na Avenida Capitães de Abril terá início a Grande Festa de Encerramento da 24ª edição do Um Dia Pela Vida da Liga Portuguesa Contra o Cancro.
A festa decorrerá na Praça da República.
O primeiro ponto alto do dia 28 será a Volta dos Vencedores. Nesse momento a comunidade serpense apoiará os seus membros que já foram tocados pelo Cancro.
Além da Pista da Caminhada haverá um palco preparado para a actuação de artistas que decorrerá ao longo de todo o dia e madrugada dentro. Os Cruzeiro farão presença entre muitos outros.
Sendo uma festa para toda a família e para toda a comunidade, muitas serão as atracções aguardadas neste dia. Animação infantil, pinturas faciais para os mais novos. Música e muita animação entreterão os restantes. Na praça haverá tendas da responsabilidade das equipas, onde se poderá adquirir rifas da quermesse e das camisolas e das bolas autografadas pelos jogadores do Benfica e do Sporting, salgados, gelados, doces e bebidas etc.
Haverá uma tenda no Largo de Santa Maria onde serão servidas as refeições mais substanciais. Tudo com o objectivo de animar a caminhada ininterrupta contra o Cancro e pela Vida assim como a angariação de fundos para as muitas valências da LPCC.
Outro dos pontos altos do dia do Encerramento será a Cerimónia das Luminárias a decorrer já ao crepúsculo. Milhares de luzes serão acesas em homenagem a todos aqueles que enfrentam a doença e em memória dos que foram vencidos por ela.
Numa altura em que as estimativas apontam para que uma em cada quatro pessoas venha a enfrentar o Cancro nalgum momento da sua vida, torna-se imperativo que todos nós façamos o que estiver ao nosso alcance em prol deste combate.
E há mesmo muito para fazer.
Todos somos convidados a participar.
É importante que a cidade acompanhe os seus Vencedores nesse dia.
Envergue a sua camisola e ajude a preencher a Praça da República com uma fantástica onda cinza e azul.
Traga a sua família, convide os seus amigos e passe um dia inesquecível.
No fim de semana passado o Um Dia Pela Vida foi celebrado em Valença e em Machico, dia 28 será a vez de Serpa. Torres Novas e Vila Viçosa celbrarão os seus Um Dia Pela Vida a 5 e 25 de Junho respectivamente.
Venha caminhar contra o Cancro festejando a Vida. A sua e a dos outros
Contamos consigo!

Envio igualmente o simbolismo das diferentes cerimónias que irão tendo lugar ao longo do dia
Assim temos :


PISTA DA CAMINHADA:

A caminhada é o elemento chave da cerimónia de encerramento do Um Dia Pela Vida.
A caminhada é ininterrupta.
TODOS deveremos participar.
Esta desenvolve-se em torno de uma mesa com sensivelmente 25 mts de comprimento, onde ao longo do dia serão colocadas as luminárias. Representa o dia a dia de alguém a quem foi diagnosticada uma doença oncológica, desde que recebe a notícia até ao fim dos seus dias, intervalo de tempo que se pretende que seja o mais prolongado possível. Esse percurso, esse viver é sempre acompanhado de ansiedade. A comunidade irmana-se nesse caminhar. Será a companheira para os altos e baixos e para os bons e os maus momentos.
A pista deverá estar sempre preenchida desde a Volta dos Vencedores até à Volta de Encerramento. O não caminhar, ou seja deixar a pista deserta significa o desistir, o baixar dos braços, o virar as costas a quem está a atravessar momentos difíceis.
Significa também que o cancro não se vence em solidão. Vence-se com a ajuda da família, dos amigos, dos companheiros de trabalho e da comunidade.
Todos juntos poderemos transformar a esperança em vitória.


VOLTA DOS VENCEDORES

Primeira volta da caminhada, caminhada que só terminará aos primeiros raios do dia seguinte.
Esta volta é dada SÓ por Vencedores.
Vencedores são aqueles que venceram a doença em algum momento da sua vida, ou que a estão a vencer. Só o lutar já significa uma vitória.
Esta volta tem como objectivo a homenagem da comunidade aos lutadores.
Não se trata de vítimas, mas sim de heróis. A sua coragem e a sua força deverão ser exemplos para os restantes caminhantes.
“Ganhei a maior parte das vezes que lutei. Perdi todas as que não o fiz” Pensamento inglês no início do sec XIX

CERIMÓNIA DAS LUMINÁRIAS

Celebrar, Recordar, Lutar

Milhares de luzes serão acesas dentro de pequenos sacos de papel decorados com dedicatórias, votos ou apenas um desejo. Cada luminária representa um ser humano que lutou ou está a lutar.
Celebra-se a vitória dos que ultrapassaram a doença, recorda-se os que foram vencidos por ela e combate-se para que a cura seja uma realidade num futuro que se quer o mais próximo possível.
Momento muito emotivo, onde há lugar para a partilha, para a alegria serena, para a saudade e para a esperança.
As luzes manter-se-ão acesas até ao nascer do dia.

Ao longo destes 24 Dias Pela Vida em Portugal a cerimónia do Encerramento tem sido enriquecida.
Foram acrescentados dois momentos, ambos cheios de simbolismo.


A PASSADEIRA DA VIDA

Este momento foi criado no Um Dia Pela Vida de Lamego. Portugal foi o pioneiro.
Milhares de retalhos, quadrados de tecido com 25 cm de largura, são vendidos ou por uma equipa que tenha assumido essa tarefa, ou por várias equipas em simultâneo.
O comprador do retalho ou deixa uma mensagem registada no tecido, ou assina apenas. Os quadrados são cosidos de forma a criar uma “passadeira” com 75cm de largura.
O primeiro objectivo é ultrapassar os 100 metros.
O primeiro quadrado contendo o escudo de armas da localidade deverá ser assinado tanto pelo Senhor Presidente da Câmara, como pelo Presidente do Núcleo Regional.
Esta passadeira representa a materialização do gesto de dar as mãos. Todos juntos VENCEREMOS.
É um elemento importante para a Volta de Encerramento. Todos os presentes já madrugada dentro são chamados à pista e de mãos no ar e ao som do hino oficial seguram a passadeira que serpenteia no recinto. Geralmente o hino tem que ser tocado entre 3 e 4 vezes pois os presentes não querem desmobilizar.

LARGADA DE BALÕES

Se os balões forem coloridos a cerimónia deverá ter lugar ao fim do dia solar
Se os balões forem brancos a cerimónia poderá ocorrer já noite escura.
Uma equipa encarrega-se de vender cartões (geralmente roxos) para que o comprador possa escrever uma mensagem, um desejo, um voto.
Esses cartões serão atados a balões cheios de hélio que em dado momento serão largados.
Convida-se todos os presentes a darem as mãos, a um momento de recolhimento colectivo, a formularem votos. Procede-se então ao largar de cerca de um milhar de balões ao som de Imagine de John Lennon. Hino Universal à esperança.
Os balões estão presos numa rede e pede-se aos vencedores e crianças presentes que segurem as pontas da rede. A um sinal do palco a rede é solta e os balões perdem-se no horizonte.
É uma cerimónia de forte conteúdo emocional.
Trata-se da materialização da formulação de um desejo, de uma saudade, mas acima de tudo da esperança.

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Tabela Banco Alimentar 28 e 29 de Maio:

Mandar mail aos chefes com a vossa disponibilidade e contacto:

(Clicar para ver ampliado)

segunda-feira, 4 de abril de 2011

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Informações JOTA-JOTI 2010:


Negrito


Jamboree são acampamentos internacionais de Escuteiros/Escoteiros, que se realizam periodicamente o maior dos quais é o Jamboree Mundial. Há ainda Jamborees Regionais, como o Panamericano ou o Europeu e Nacionais (também chamados de Acampamentos Nacionais).

O Jamboree surgiu na mente do Fundador do Escotismo, Baden-Powell, após a Iª Guerra Mundial, onde muitos Escoteiros e Chefes de vários países tombaram, chegando-se a temer pelo futuro do Movimento. Baden-Powell imaginou um encontro de amizade e perícia Escotista, e assim sucedeu no ano de 1920, em Londres, com a presença de Escoteiros de 34 países e vários territórios do então Império Britânico.

Em 1957, no Jamboree do Cinquentenário, surgiu o J.O.T.A - Jamboree On The Air (Jamboree no Ar), que junta os Escoteiros de todo o mundo através das ondas da rádio. Em 1996, surgiu o J.O.T.I. - Jamboree On The Internet (Jamboree na Internet), com o mesmo propósito de construir a paz e a fraternidade, mas através da Internet. Ambos os eventos tem lugar todos os anos no terceiro fim-de-semana de Outubro.

A organização de cada Jamboree Mundial é da responsabilidade da OMME Organização Mundial do Movimento Escoteiro - WOSM World Organization of the Scout Movement.


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O JOTA-JOTI 2010 tem como tema "O Direito de ser Ouvido", tendo como objectivos, entre outros:
1) Proporcionar à região uma actividade de convívio, encontro e troca de experiências.


2) Facultar a participação de todos os Escoteiros/Escuteiros em actividades que contrinbuam para o aumento dos seus conhecimentos técnicos e humanos, proporcionando experiências diferentes das encontradas na vivência do Grupo.


3) Promover nos jovens uma consciência esclarecida da dimensão Regional e Internacional do Movimento Escotista.


4) Coontribuir para a formação integral dos jovens, nomeadamente através de acções que realcem os valores humanos da VIDA.


O JOTA-JOTI 2010 da Região Sul, vai realizar-se em Olhão, na Escola José Carlos da Maia (Rua João Augusto Saias), nos dias de 16 e 17 de Outubro. A entrada efectuar-se durante a manhã do dia 16 (sábado), entre as 9h e as 1oh da manhã. A saída terá lugar no dia 17 (domingo) a partir das 15h. Os custos de participação incluem o jantar de dia 16, o pequeno-almoço e o almoço do dia 17 de Outubro (ver newsletteres para mais informações).



sexta-feira, 1 de outubro de 2010

terça-feira, 14 de setembro de 2010

UNIFORMES DAS VÁRIAS DIVISÕES:

Clicar duas vezes em cada imagem para ver mais ampliado:
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Os uniformes apresentados são normalmente usados durante as estações mais amenas e no verão. No inverno podem ser usadas calças (castanhas), um casaco polar castanho e um gorro também castanho.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Lista de Presenças e Prémios:

LOBITOS:

Alice (Papagaio Azul )- A amiga das Lagartas
João Maria ( Lebre ) - Pirata de abordagem de canoas
António Mata (Barata) - O teatral falador inveterado
Vasco Campêlo (Falcão Peregrino) - Ajudante da Timoneira de canoas
Alice Masseno (Pavão) - Prémio afinal comer é bom
Luis Vasco (Guarda-Rios) – Quem me viu há um ano e quem me vê agora
Manuel Masseno (Esquilo) – Sombra muita sombra
Marta Graça (Ornitorrinco) – Ainda bem que existem Escoteiras para me dar a mão
Matilde Vasques (Raposa) – Discreta mas Sempre Pronta
Diogo Nascimento (Mosca) – O resistente
João Carvalho (Serpente) _ Afinal ele não sabia nadar e aventurou-se (O aventureiro das águas)
Inês Menicha (Rã) – Onde está a minha mãe?
Ana Rita (Joaninha) – Cansada mas Sempre Pronta
Guilherme Matos (Koala) – Já viram o meu capacete super giro?

Madalena (Mascote) – Gosto mesmo de dormir numa tenda


ESCOTEIROS E EXPLORADORES:

Daniel Carvalho – Prémio eu pedalei à torreira do sol I
Beatriz Henriques - Prémio eu pedalei à torreira do sol II

Guilherme Campêlo - O melhor gritador romano
João Modesto – O apanhador de balões

Raquel David – Que eu não me chame Raquel Gonçalves David e prémio bate palmas 123.

Maria Portugal – Prémio eu pedalei à torreira do sol III

Jessica Rosa - Prémio eu pedalei à torreira do sol IV

Mariana Morais – Ai cigana ciganita

Teresa Rafael - Prémio eu pedalei à torreira do sol V
Miguel Menicha – Dêem-me o barata que eu gosto e prémio eu pedalei à torreira do sol VI
Martim Portugal - Dêem-me um lobito qualquer que eu gosto e prémio eu pedalei à torreira do sol VII
Carlos Galhoz – Ser Explorador não é fácil e prémio eu pedalei à torreira do sol VIII
Inês Portugal – Prémio eu pedalei à torreira do sol XIX
Sylvia Conti – Prémio eu pedalei à torreira do sol X
Daniela Conti – A pacífica
Joana Corvo – É melhor ir na camioneta


PAIS:


João Matos (pai Gui Matos) - Geólogo-batoteiro e prémio eu pedalei à torreira do sol XI
Olga Amaral (mãe Gui Matos) – Prémio Sempre Pronta

Fátima (mãe Luís Vasco) – Prémio Mulher de armas
Zé Rafael (pai Teresa) - Perigo das pagaias
Rute (mãe Bia) - Alvo do Perigo das pagaias
Sofia Portugal (mãe Inês, Maria e Martim) - Timoneira de canoas
João Portugal (pai Inês, Maria e Martim) – Ai quem me tira a minha cadeira tira-me tudo
José Fernando (pai Jessica)- Prémio canoas

Ana Monteiro (mãe João Maria) – Prémio Eu andei nas Guias mas já foi há muito tempo

Pais Barata – Deixem-nos ir dormir ao hotel que nós já voltamos

Pais Henriques – Primeiros a dizer Eu vou

CHEFES:

Carla Menicha – Ai quem me tira o meu fogão

Hugo Guiomar - Prémio bate palmas 123 e prémio eu pedalei à torreira do sol XII

Junia Conti (Baguira)– Prémio a primeira noite

Vânia Bravo (Akélá) – Prémio Estes Lobitos dão comigo em doida… mas eu gosto

Filipe Campêlo – O corneteiro maluco II e prémio vistam lá as camisas

Hélder Palma (Pai Lobo) – Discreto mas eficaz

Rita Matos – A minha tenda é a mais arrumada deste acampamento e consigo tirar fotografias enquanto como e prémio eu pedalei à torreira do sol XIII

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Lista material individual - Mina de S. Domingos:

Para quem vai andar de bicicleta no sábado- Não esquecer o capacete!!
Para a visita às instalações da mina - Não esquecer bloco de notas, lápis e lupa!

- Colchão
- Lanterna
- Mochila
- Cantil
- Roupa de dormir (tipo fato de treino por exemplo)
- Muda de roupa interior e exterior
- Bolsa toilette: escova dentes, pasta, pente/escova, sabonete
- Fato de banho (para ir ao duche – só acampamentos de Verão)
- Toalha
- Agasalho (casaco polar do uniforme e No verão gorro).
- Prato, garfo, faca e colher, caneca (inquebrável)
- Uniforme completo
- Cantil
- Faca ou canivete (excepto Lobitos)
- Lapiseira e bloco de notas + lupa
- Repelente contra os insectos
- Protector solar
- Comida
- Calçado confortável
- Calçado de reserva

NOTA:

- Colchão: são aqueles rolinhos azuis que se vendem na secção de campismo dos hipermercados. Quanto mais simples, leves e baratos melhor.
- Prato e caneca: qualquer material desde que inquebrável. Preferência à caneca em vez de copo para não queimar os dedos com as bebidas quentes. Pratos em alumínio ou inox são mais fáceis de lavar do que em plástico.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Breve História da Mina de S. Domingos



Da Mina de São Domingos ao Pomarão

As ruínas do couto mineiro de São Domingos, no concelho de Mértola, são o cenário ideal para um filme de ficção científica. Terra vermelha, crateras, destroços, escórias, escorrências ácidas, lagoas coloridas, ferros retorcidos e um intenso odor a enxofre mergulham os visitantes numa experiência quase apocalíptica.

Não é possível descrever a força imensa que emana deste lugar singular. Um lugar simultaneamente belo e medonho, onde são escassos os sinais de vida. Pouco mais que umas ervas raquíticas e uns insectos de cores garridas. Creio que em nenhum outro recanto de Portugal a devastação e a catástrofe produziram algo de tão extraordinariamente belo.




Os primeiros testemunhos de actividade mineira na região de São Domingos remontam à época romana. Mas foi em 1857 que a exploração em larga escala arrancou, em resultado da concessão atribuída a uma sociedade de origem espanhola – a La Sabina – que no ano seguinte acabou por arrendar os direitos de prospecção aos ingleses da Mason & Barry.

Em poucos anos, São Domingos transformou-se num dos maiores complexos mineiros da Europa. Uma pequena cidade industrial, onde não faltava uma central eléctrica, um hospital, uma biblioteca, um teatro, um mercado e uma igreja.



Existiam ainda campos de jogos, aprazíveis açudes e, sobretudo, uma fantástica linha férrea, com dezoito quilómetros de extensão, que ligava a mina ao porto fluvial do Pomarão, a partir do qual o minério era escoado em grandes navios que então subiam o Guadiana.

Nos bairros operários situados em redor do complexo chegaram a viver quase dez mil pessoas. Os mineiros habitavam as célebres 4 x 4, casas térreas em banda com quatro por quatro metros quadrados, uma porta e uma janela.

Ao longo de mais de cem anos, os homens esventraram a terra em busca de cobre e enxofre. Primeiro em galerias subterrâneas, depois a céu aberto.

Com o aproximar do esgotamento do filão, a exploração terminou em 1965 e a Mason & Barry declarou falência três anos depois. Os salvados da mina foram então vendidos a um sucateiro alemão e o resto do valiosíssimo património industrial do complexo foi barbaramente saqueado durante os anos seguintes. Ficou apenas aquilo que os homens não conseguiram levar.

A visita à Mina de São Domingos começa, necessariamente, nas ruas estreitas dos bairros operários, cujas minúsculas casas foram entretanto vendidas aos antigos trabalhadores e às suas famílias. Com um pouco de sorte, é possível visitar a Casa do Mineiro, pequeno núcleo museológico que recria a vivência de uma família mineira, com os seus objectos e as suas memórias.

Descendo ao complexo mineiro, a atenção do visitante dirige-se para uma gigantesca cratera, completamente cheia de águas ácidas. É a corta, cavidade de onde foram retirados milhões de toneladas de minério.

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Parece um tanto ou quanto irreal, mas a verdade é que até há alguns anos atrás as lagoas ácidas da mina, cujo pH se situa ente 2 e 3, eram procuradas por gente que aqui se banhava em busca de cura para alguns problemas de saúde!

Um pouco adiante, encontram-se as oficinas de material circulante, onde foi projectada e construída a locomotiva a vapor que durante décadas galgou os montes que separam São Domingos do porto fluvial do Pomarão, arrastando vagões carregados de minério.


Por ali se encontram também as ruínas da primeira central eléctrica do Alentejo e os destroços do poço n.º 6.

Seguindo ao longo do traçado da linha férrea, cujos carris e travessas foram há muito saqueados, vão surgindo sucessivas lagoas ácidas, cujas águas oscilam entre o vermelho vivo e o amarelo forte. Uma intensa profusão de cores, que confere uma riqueza cénica sem igual a esta fase inicial do percurso.




Cerca de dois quilómetros após o início do complexo, encontra-se a estação de britagem da Moitinha e, logo à frente, as antigas fábricas de enxofre e ácido sulfúrico da Achada do Gamo.


As ruínas destas instalações fabris oferecem, provavelmente, a mais célebre das imagens do complexo mineiro de São Domingos.



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O cenário de devastação e abandono entende-se ao longo de mais de cinco quilómetros e constitui, sem margem para dúvidas, um dos mais fabulosos percursos de arqueologia industrial do país.



Após o fim do couto mineiro e seguindo sempre o traçado daquela que foi a segunda via-férrea construída em Portugal, a paisagem torna-se um pouco monótona e algo desinteressante. Felizmente, a viagem vai sendo animada por enormes famílias de porcos e bacorinhos pretos, que deambulam livremente pelos campos, observados ao longe pelos abutres que planam no céu.

A inclinação da ladeira que sobe em direcção à aldeia de Santana de Cambas, transporta-nos para o tempo em que as locomotivas puxavam vagarosa e esforçadamente os vagões carregados de minério.

Praticamente todas as pontes que existiam ao longo dos dezoito quilómetros da linha estão destruídas, obrigando os caminhantes a passar a vau os minúsculos cursos de água, o que é possível fazer sem grande dificuldade. Na verdade, durante o Verão não é sequer necessário molhar os pés.


Os últimos cinco quilómetros do caminho que conduz ao cais do Pomarão voltam a ganhar contornos de aventura! Há que atravessar uma sucessão de sete túneis, alguns dos quais razoavelmente extensos e repletos de morcegos.


Mais de quarenta anos após a passagem do último comboio, a natureza vai tomando conta de algumas partes do percurso. A vegetação e os desmoronamentos obrigam a pequenos desvios, mas a chegada ao Guadiana faz-se sem sobressaltos.

Por fim, o Pomarão. Uma deliciosa e pacata aldeia operária, erguida numa belíssima curva do Guadiana, na confluência com a ribeira do Chança. Quem hoje ali chega, tem dificuldade em imaginar a agitação e a vida de outrora, no tempo em que mais de quinhentos navios por ano recebiam o minério de São Domingos e o espalhavam pelo mundo. As ruínas do cais mineiro e a memória dos homens estão lá para testemunhar um passado difícil mas, indiscutivelmente, glorioso.



Depois de décadas de miséria e abandono, a Mina de São Domingos vai aos poucos acordando para uma nova vida. Na barragem da Tapada Grande, nasceu uma agradável praia fluvial. Mesmo em frente, o palácio dos ingleses – outrora sede da empresa mineira – foi transformado numa esplêndida estalagem onde apetece ficar. E, surpreendentemente, o investimento turístico chega pela mão da La Sabina!

João Castanheira


Para Saber mais ver também:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Mina_de_S%C3%A3o_Domingos

sábado, 8 de maio de 2010

BLOGUES:

(Clicar nas imagens para ver os blogues respectivos)







TRIBO DE ESCOTEIROS:








Os Morcegos têm FINALMENTE um novo BLOGUE!!!





TRIBO DE EXPLORADORES:





quarta-feira, 5 de maio de 2010